A minha idéia de viver, é a de viver em constante aperfeiçoamento, em constante adaptação.
Desde que nascemos, estamos em constante mudança. Mudanças físicas, mudanças emocionais, de maturidade.
O interessante é que muitos de nós não gosta de mudanças. Consigo lembrar de pessoas que estabelecem um padrão para vida, e se limitam a esse padrão. O padrão de como trabalhar, o padrão de como arrumar o quarto, de como lavar a louça, de como pensar de modo organizado, o padrão de se relacionar.
Penso que isso é bastante constroverso. Ao mesmo tempo que somos assim, sujeitos a mudança constante, temos a alta capacidade de nos acomodar, assentar, criarmos zonas de conforto em torno de nós.
Isso me intriga.
Eu sou feliz em saber que o que eu sou pode mudar, pois me dá a chance de me tornar melhor. Há esperança para aquilo de sou falha e limitada.
Uma vez conversei com um amigo músico, extremamente profissional em seu instrumento. Brilhante eu diria. Mas ele me disse que não tinha facilidade alguma, ou mesmo, pouco talento para aquele instrumento. Seu ouvido não era bom. E me espantei com a declaração seguinte, onde ele dizia que muitas vezes as pessoas de maior talento não exercitam esse talento, se acomodam no pouco que conseguem fazer, por que normalmente é mais do que a maioria poderia fazer. E ele, sem tanto talento, exercitou e trabalhou uma vida inteira pra chegar ao nível de perfeição que ele tinha. Isso me lembra o livro que li do técnico de vólei Bernardinho, que disse que preferia atletas que não tinham tanto talento mas com um nível de comprometimento e esforço compatíveis aos que ele exigia, do que um atleta com muito talento mas acomodado ao que ele conseguia fazer.
Pensando assim, posso sair da minha zona de conforto e parar de ter pena de mim por não conseguir ser, por exemplo, uma grande oradora (sou tímida em público) mas posso me esforçar pra melhorar e desafiar meus limites. Isso me desafia, me empolga, saber que posso sim viver a minha vida de forma aventureira. Sempre pra frente.
Uma constante em minha vida me faz mais feliz ainda. Alguém que não muda e tem o poder de me transformar: Deus.
Ao perceber a imprevisibilidade da minha vida, olho para alguém absolutamente imutável. Talvez seja essa a razão de termos a tendência a nos acomodar, a necessidade de segurança. Na loucura das mudanças, algo precisa nos dar o foco e a identidade. Algo tem que nos manter no chão se não nos perdemos. No meu caso, é Deus. E isso me dá uma garantia: que não estou sozinha na busca da perfeição, Ele me ajuda. Na busca da perfeição quem é o nosso padrão? Que referencial nós temos hoje para nos espelhar - por que não considerar Jesus como esse padrão? Bom, esse é o meu.
Sei que sou suspeito, mas posso dizer com muita franqueza: gostei demais! Eu sei que ja disse isso - ou algo parecido - mas, outra vez,lá vai: continue escrevendo!
ResponderExcluirTe amo!